domingo, 7 de junho de 2009

A VIDA POR AQUI

A vida vai tomando seu rumo cada vez mais claro aqui Camposampiero, aos poucos vou conhecendo os frades, os leigos (me tratam como uma peça rara, pois quase não existem estrangeiros por aqui!!!), tenho minha vida diária sempre mais ordenada e proveitosa e vou me sentindo sempre mais em casa.
A Itália é o único país do mundo, naturalmente depois do Brasil, onde eu me sinto em casa. Já tinha esta impressão antes. Acho o povo italiano, a parte que é grosseiro, muito semelhante ao brasileiro. Eu estava antes em Roma e agora estou numa região muito diferente: o Norte. Aqui é a parte mais rica, mais organizada, mais “germanizada”, pois foi ocupada pela Áustria. Penso que a diferença entre Roma e aqui é algo como Rio de Janeiro e Brasília, Nova Iorque e Washington.
A cidade é pequena, falo de Camposampiero, e por isto tem um povo acolhedor. A comida é perigosa, pois ainda que eu sinta falta do tempero do Brasil, eu me acostumo facilmente à comida estrangeira e aqui se come bem. Sempre pensei que o italiano é tão comilão quando o brasileiro, e ambos têm uma boa culinária. Contudo, a falta de um tempero que me seduza, fez com que eu tenha mais disponibilidade de emagrecer.
Neste domingo tivemos mais um dia da trezena. Impressiona-me a suntuosidade da liturgia. Cada dia tem celebrante diferente, que vem com co-celebrantes de um determinado vicariato da diocese de Treviso; um coral, e, sobretudo, o Santuário da Visão cheio.
Hoje, segunda-feira, eu começarei um retiro com Pe. Arturo Paoli. Aqui, onde vivo, é uma casa de retiro e estou aproveitando estas boas oportunidades para estar nos retiros e outros encontros. O pregador, que já viveu no Brasil tem um currículo de vida muito interessante, vale a pensa ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arturo_Paoli
É isto. Um abraço e preces contínuas.

Um comentário:

  1. Meu querido Frei João. Que bom poder chamá-lo assim, se bem que tenho a impressão que nunca deixei. Pura intuição...fico muito feliz por ver que vc já está acomodado e sentindo-se muito bem. O da enfermeiira....não seria melhor repetir os exames? (Brincadeira!). Achei interessante o que aprendeu sobre Santo Antônio e a trezena..Vc sabia que existe uma chance de vc conecer uma possível descendente da família portuguesa dele? Adivinhe! Não sei bem qual do tataravô ou vó minha, que sendo portugues(a) também pertenceu a família Bulhões....Se for o caso, ele conseguiu me trazer para a familia franciscana mas o marido....
    Legal a do piano. Penso que é muito difícil tocá-lo principalmente quando soube que o que se toca com a mão direita é diferente com a mão esquerda. Diícil, não ? Aprendi a pouco tempo atrás com minha avó materna ( a única viva agora)que existem duas técnicas : articulada e por peso da mão. Qual é a sua ? A dela é por peso.
    Tenho muitas saudades de vc. Não me esqueça.
    Quando der posso ir aí te visitar ? Vai ser legal passear pela Itália. Eu ambém gosto muito daí apesar de que penso, que os espanhóis e os franceses cuidam muito melhor do patrimônio histórico.
    Te amo. Com carinho,
    Cristina

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